Roteiro Homilético
1ª leitura: (Is 55,6-9) Eis o tempo da conversão – O último cap. do “Livro da Consolação” (= o Segundo Isaías, Is 40–55) exorta os judeus exilados a não procurar sua consolação nos deuses da Babilônia, mas no único Deus verdadeiro, fonte de toda a sabedoria e vida. Nem mesmo o pecado impede de participar desta fonte de vida; pelo contrário, é a ocasião para converter-se, voltar a Javé e sua justiça, vivida na Lei (cf. Ez 18,21-23) – sem aderir à intolerância dos pretensos “impecáveis”. – O povo está para voltar à sua terra, graças ao decreto do rei Ciro, mas essa volta não resolverá nada, sem a volta a Deus, que perdoa e não pensa como os homens (55,9 cf. Ez 18,25-32). * 55,6-7 cf. Sl 145[144],18; Jr 29,13; Jo 7,34; Zc 1,3-4; Lc 15,20 * 55,8-9 cf. 1Sm 16,8; Mq 4,12; Sl 103[102],10-12.
2ª leitura: (Fl 1,20c-24.27a) Morrer para estar com Cristo, ou viver para estar com os fiéis? – Paulo está na prisão e já conta com a morte, que o unirá completamente a Cristo. Mas sente o dilema: estar com Cristo, ou trabalhar por ele permanecendo com sua comunidade? O dilema é apenas aparente; expressa o impaciente desejo de Paulo de estar definitivamente com Cristo e, ao mesmo tempo, seu apaixonado amor pela comunidade. O viver de Paulo já é Cristo: viverá em prol da comunidade, para que ela também viva conforme o evangelho de Cristo (1,27a). * 1,20-22 cf. 1Pd 4,16; 1Cor 6,20; Gl 2,20; Cl 3,3-4 * 1,23-24 cf. 2Cor 5,6-9; Rm 14,8 * 1,27 cf. Ef 4,1; Cl 1,10; 1Ts 2,12.
Evangelho: (Mt 20,1-16a) Os operários da última hora – No fim do ensinamento de Jesus (Mt 19–25) acentuam-se os temas do juízo e da graça, como também o paradoxo de que “os primeiros serão os últimos e os últimos, primeiros” (19,30; 20,16). Assim como o irmão mais velho, no caso do filho pródigo, critica a bondade do pai (Lc 15), também na parábola de hoje os bons criticam o Senhor, que é bom para com os “últimos” (os pecadores que precedem os “bons” no Reino, Mt 21,31, ou os gentios que precedem o judaísmo esclerosado na acolhida da salvação). A justiça de Deus não é mesquinha como a nossa (cf. Is 55,9, 1ª leitura). Ela é o seu amor gratuito em obra. * 20,8 cf. Lv 19,13; Dt 24,14-15 * 20,13-14 cf. Lc 17,10; Rm 9,19-21 * 20,16 cf. Mt 19,30; Mc 10,31; Lc 13,30.
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