quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ DIA NOVO!

Júnior Bonfim*
Júnior Bonfim
Todo ritual de passagem – e o conjunto de gestos e decodificações simbólicos na travessia de um ano para outro é exatamente isso – tem um forte apelo à transformação. É um mergulho nas águas batismais do Jordão. O incenso que exala do ciclo de alteração anual é um convite a um passeio pelos labirintos da memória e ao êxtase do sonho da projeção. Daí o mantra “Feliz Ano Novo!”.


Repisando o gramado do itinerário pessoal, fiquei relembrando algumas lições que solidifiquei ao longo dos últimos anos. Quero compartilhar três delas.

A primeira é a tradução daquele longevo ensinamento dos nossos ascendentes: “fazer o bem sem olhar a quem”. No que pertine a esse mandamento, somos sempre estimulados a distinguir quem é merecedor e quem não o é. Evite isso. Faça o bem sem olhar a quem. Faça o bem! E não espere atitudes de retorno ou gestos de gratidão de quem, naturalmente, deveria prestá-los. A vida nos surpreende. Quantas vezes, sem explicação plausível, recebemos recompensas incomensuráveis de pessoas que nenhum débito têm para conosco?! Quase sempre a bondade retorna para nós por vias desconhecidas, surpreendentes e inimagináveis!... Por isso, faça o bem sem olhar a quem!

A segunda: alimente esse vulcão indomável, essa cachoeira silenciosamente rumorosa, essa árvore singela de raízes colossais chamada fé.Descobriu-se que o átomo, a menor partícula de um elemento químico, é pura energia. O maior fenômeno da evolução tecnológica, a transmissão de dados por via digital, que aparentemente parece fruto de ímpeto materialista, só se concretiza porque as pessoas crêem. Crêem que, instantaneamente, imagens podem ser enviadas de um extremo para outro do planeta. Tudo é energia, inclusive nós. Ironicamente, é preciso se ter muita fé para não acreditar em Deus...

A terceira é: renove. Inove: renove-se continuamente. Alguns gênios do nosso cancioneiro conseguiram a façanha de revestir melodias bonitas com conteúdos de linho filosófico. São profetas da composição. Suas músicas se incorporaram às partituras de nossas almas. Gonzaguinha – oh! quão cedo se foi! - quedou-se imortalizado em pérolas compositivas carregadas de interrogação e exclamação. Em uma delas, O Que É, O Que É?, com a singeleza de um infante, traduziu esse espasmo mágico de quem ainda mantém acesa a brasa da infância: “Eu fico/ Com a pureza/ Da resposta das crianças/ É a vida, é bonita/ E é bonita.../ Viver!/ E não ter a vergonha/ De ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser/ Um eterno aprendiz...”

Chico Buarque, no hino filosofal intitulado Todo o Sentimento, fala-nos do encantamento com o tempo da delicadeza. A delicadeza é encantadora. Dilata a mente, desobstrui artérias do corpo e da alma, cura feridas, revitaliza o ser. Eis o desafio para este novo ano: inaugurar o tempo da delicadeza! Tornar diário o mantra anual. Ao invés do voto de um ano novo, fazer a cada manhã os votos de um dia novo. Construir e desejar Feliz Dia Novo!

*Presidente da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza , advogado

Papa Francisco: vestido como simples padre conforta os sem-abrigo de Roma


A imprensa internacional, citando fontes da Guarda Suíça e testemunhos de outras pessoas, incluindo o arcebispo polaco Konrad Krajewski, trouxe agora ao conhecimento público aquele que era o mais bem guardado segredo no Vaticano, embora fossem já muitos os comentários que corriam na Cidade Eterna.
O Papa Francisco, vestido como simples padre, tem saído às escondidas durante a noite para visitar e confortar os sem-abrigo de Roma, ajudando as equipas de auxílio da Santa Sé na distribuição de comida, roupas e fundos de apoio.
Deus abençoe esse Francisco!

Relembre os fatos marcantes de 2015

 
Hamilton vence nos EUA e é tricampeão de F-1. <i></i>
 
Stock Car: Marcos Gomes da Voxx Racing Team, vence a corrida principal em Santa Cruz do Sul (RS) – Marcos Gomes levou a taça do Campeonato 2015. <i></i>
 
Incêndios de grande proporção fazem Califórnia decretar estado de emergência <i></i>
 
Moto 1000 GP em Curitiba destacam equilíbrio da categoria GP 1000 <i></i>
 
A Emoções da Fórmula 3 Brasil e F3 Brasil Light – Pedro Piquet foi o campeão da temporada 2015 de F3. <i></i>
 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder cubano, Raúl Castro durante encontro, é a primeira vez que líderes dos dois países se reunem formalmente em cinco décadas. <i></i>
 
Flamengo domina Bauru e conquista seu quarto título do NBB. <i></i>
 
Rio Open 2015 de vôlei de praia em Copacabana. <i></i>
 
O presidente da Bolívia, Evo Morales, durante reunião privada com o Papa Francisco <i></i>
 
Corinthians comemora o hexa aplicando goleada histórica sobre o São Paulo. <i></i>
 
Papa Francisco visita ex-presidente Fidel Castro, em Cuba. <i></i>
 
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: Cunhã Porã – Beleza Internacional Indígena. <i></i>
 
Evento-teste do Centro de Hipismo no Complexo Esportivo de Deodoro – O Rio de Janeiro passou por diversos testes em diversos esportes para as Olimpíadas 2016. <i></i>
 
França: Retomadas operações de busca dos destroços do avião da Germanwings. <i></i>
 
Obama e Hollande visitam Bataclan em Paris para homenagear vítimas. <i></i>
 
Milhares de Refugiados chegam à Macedónia. <i></i>
 
Temporal mata pelo menos 74 pessoas na Índia e no Sri Lanka. <i></i>
 
Marinha da Itália resgata nesse final de semana mais de 2 mil refugiados no mar Mediterrâneo. <i></i>
 
Agência da ONU envia assistência a refugiados afegãos para o inverno. <i></i>
 
Explosão e incêndio em prédio de Nova Iorque. <i></i>
 
Presidente da Rússia Vladimir Putin, participa de partida de hóquei sobre gelo, para comemorar seu aniversário de 63 anos. <i></i>
 
Regresso às aulas em Gaza entre lágrimas e destruição. <i></i>
 
Mauricio Macri é eleito presidente da Argentina. <i></i>
 
Palestinos se despedem de parentes antes de atravessarem de ônibus a fronteira entre Gaza e o Egito. <i></i>
 
Família Real britânica divulga fotos do batizado da princesa Charlotte. <i></i>
 
Carnaval 2015 em São Paulo: Mocidade Alegre. <i></i>
 
Carnaval no Rio de Janeiro 2015: Beija-Flor é a grande campeã. <i></i>
 
Rio Branco, a capital do Acre, sofre com a enchente do Rio Acre. <i></i>
 
Incêndio atinge lojas do Saara no centro do Rio. <i></i>
 
Equipes dos Bombeiros seguem trabalhando em incêndio na Alemoa, em Santos. <i></i>
 
Deputados de oposição comemoram aprovação da comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. <i></i>
 
Reunião da Comissão de Ética da Câmara. <i></i>
 
O ex presidente Lula comemora seu aniversário de 70 anos com a companhia da Presidente Dilma, do prefeito de São Paulo Fernando Haddad e de sua esposa, dona Marisa. <i></i>
 
Dólares são jogados no presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara. <i></i>
 
Manifestações contra o governo. <i></i>
 
Manifestações contra o governo. <i></i>
 
Bombeiros continuam buscas por desaparecidos em Bento Rodrigues. <i></i>
 
Após rompimento de barragens, moradores buscam pertences. <i></i>
 
Fotos Públicas

Menos celular e mais internet em 2015

Número de linhas de celulares caiu no país pela primeira vez.
Uma mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o número de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez. Serviços como o de TV por assinatura e telefonia fixa também tiveram sua primeira queda no número de usuários, motivada pela crise econômica. No entanto, os serviços de internet fixa e móvel, especialmente na tecnologia 4G, tiveram forte expansão no ano.

O setor de telefonia celular, que vinha crescendo a cada mês, apresentou uma queda de 2,8% no número de linhas ativas neste ano. Em janeiro, havia 281,7 milhões de linhas ativas no país e, em outubro (número mais recente da Anatel), o número havia caído para 273,8 milhões. A tendência de queda na telefonia celular era esperada só para daqui a dois ou três anos pelos agentes do setor, mas começou a ocorrer em junho deste ano.

Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de 10 milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%.

A queda no número de usuários de celular pode ser explicada por uma mudança de comportamento dos brasileiros. Em vez de ter dois ou três chips em cada aparelho para usar os serviços de voz, os clientes estão optando por trocar mensagens de texto e de voz por meio de aplicativos como o WhatsApp, que utilizam apenas dados de internet.

"O brasileiro tinha dois ou três chips para se comunicar com pessoas de várias operadoras. Na medida em que ele passa a se comunicar por meio de mensagens, ele não precisa mais disso, o que precisa é de um pacote de dados. Então, vemos o usuário descartando esse segundo ou terceiro chip, o que está levando a um encolhimento da base de pré-pagos", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Segundo ele, essa tendência deve continuar porque o usuário está abandonando o serviço de voz e passando a gastar em dados.

Por causa desse comportamento, o acesso à internet móvel, que já tinha aumentado em mais de 50% no ano passado, cresceu 13,5% entre janeiro e outubro de 2015. O destaque foi para o crescimento dos acessos em 4G, que passaram de 7,8 milhões em janeiro para 20,4 milhões em outubro. A banda larga fixa teve um aumento de 5,4% no número de assinantes. Em janeiro eram 24,1 milhões de usuários, e em setembro cresceu para 25,4 milhões.

O setor de TV por assinatura foi outro que apresentou uma queda pela primeira vez este ano. Em janeiro, eram 19,65 milhões de assinantes, mas os números começaram a cair em maio. Os dados mais recentes divulgados pela Anatel são de outubro e mostram que o número de assinantes passou para 19,39 milhões, uma queda de 1,3%. No ano passado, o setor havia crescido 8,7%. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou.

A crise econômica foi um dos principais motivos para a queda do número de assinantes. O especialista Eduardo Tude explica que a principal queda foi na tecnologia por satélite, que oferece planos mais baratos para atender famílias de renda mais baixa. "Esse pessoal acabou cortando a TV por assinatura e isso deu um impacto este ano. Acredito que, com a melhoria da situação econômica, o setor pode voltar a crescer".

Na telefonia fixa também houve queda no número de usuários. Em janeiro, havia 45 milhões de linhas ativas e, em outubro, foram registradas 44,04 milhões de linhas de telefonia fixa, uma queda de 2,2%. A crise econômica também pode ser apontada como a causa da redução do número de usuários. "Já havia uma migração dos usuários de concessionárias para as autorizadas, mas o número total se mantinha estável, com um pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que seja devido à crise econômica", diz o especialista.
Agência Brasil

Livros do Pe. Geovane Saraiva: Livraria Saraiva MegaStore do Iguatemi - Fortaleza - CE

Pe. Geovane Saraiva, agradecido, comunico aos nossos cultores 
das letras, que nossos livros abaixo, encontram-se na Livraria 
 Saraiva MegaStore do Shopping Iguatemi II.
Fortaleza CE

VOZ DOS QUE NÃO TÊM VOZ
Saraiva, Geovane
Francisco Geovane Saraiva Costa
RELIGIÃO / CRISTIANISMO
Cód.: 8757567 / 9788561831448 
Por R$ 15,90 

FRANCISCO UM SINAL PARA O MUNDO
Saraiva, Geovane
Francisco Geovane Saraiva Costa
RELIGIÃO / CRISTIANISMO
Cód.: 8757484 / 9788561831387 
Por R$ 15,90 

A TERNURA DE UM BOM PASTOR - CARDEAL LORSCHEIDER
Saraiva, Geovane
Francisco Geovane Saraiva Costa
RELIGIÃO / CRISTIANISMO
Por R$ 25,00 

Dom Helder: Sonhos e Utopias
Saraiva, Geovane
Francisco Geovane Saraiva Costa
RELIGIÃO / CRISTIANISMO
ISBN: 978-85-65369-01-5

2015: Papa lembra vítimas de violência, refugiados e atos de bondade que não vieram nas notícias


Agência Ecclesia 31 de Dezembro de 2015, às 16:49        (Lusa)

(Lusa)
Francisco presidiu a celebração de oração pelo ano que passou


Cidade do Vaticano, 31 dez 2015 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje no Vaticano a um momento de oração pelo ano que passou, lembrando as vítimas da violência e os refugiados, bem como todos os atos de bondade, noticiados ou não, de 2015.

“Não podemos esquecer-nos de que tantos dias foram marcados pela violência, a morte, pelos sofrimentos inenarráveis de tantos inocentes, de refugiados obrigados a deixar a sua pátria, de homens, mulheres e crianças sem morada estável, alimento e sustento”, disse, na homilia da cerimónia.

A habitual oração no último dia do ano na Basílica do Vaticano, incluiu, à imagem do que acontece em milhares de igrejas por todo o mundo, a proclamação do ‘Te Deum’ (nós te louvamos, Senhor), um dos mais antigos hinos litúrgicos que é cantado em celebrações solenes de ação de graças desde o século IV.

Francisco evocou, neste contexto, os “grandes gestos de bondade, de amor e de solidariedade” que tiveram lugar durante o ano, mesmo que não tenha sido “notícias de telejornal”.

“Estes sinais de amor não podem e não devem ser obscurecidos pela prepotência do mal. O bem vence sempre, mesmo se nalgum momento pode parecer mais fraco e escondido”, acrescentou.

Francisco convidou todos a ver para lá das dificuldades presentes, com um compromisso para “recuperar os valores fundamentais de serviço, honestidade e solidariedade” a fim de “superar as graves incertezas que dominaram a cena deste ano e que são sinais de pouco sentido de dedicação ao bem comum”.

No fim do ano, disse o Papa, as pessoas são desafiadas a verificar se os acontecimentos do mundo decorreram “segundo a vontade de Deus” ou se foi dada prioridade “aos projetos dos homens, muitas vezes cheios de interesses particulares”, “sede de poder ou violência gratuita”.

Francisco falou do Jubileu da Misericórdia como a luz para “compreender melhor” tudo o que se vive e como a “esperança que acompanha o início de um novo ano”.

“Passar em revista o ano pode ser uma recordação de factos ou acontecimentos que dizem respeito a momentos de alegria e de dor ou, pelo contrário, procurando compreender se nos apercebemos da presença de Deus que tudo renova e apoia com a sua ajuda”, observou.

A cerimónia de oração no Vaticano terminou om o hino natalício ‘Adeste Fideles’, cuja autoria tem sido atribuída ao rei D. João IV (1604-1656).

No final da celebração, Francisco visita brevemente o presépio da Praça de São Pedro, para um momento de oração.

OC

Acordo de Paris fecha ciclo iniciado na Eco-92

Para passar a valer, acordo precisa ser ratificado, até 22 de abril de 2016, por 55 países.
O primeiro acordo global sobre clima, aprovado no dia 12 de dezembro na 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Paris, encerrou um ciclo iniciado na Eco-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, quando foi estabelecida essa convenção. O acordo entra em vigor em 2020, mas, para passar a valer, precisa ser ratificado, até 22 de abril de 2016, por pelos menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de gases de efeito estufa.
“Ele é legalmente vinculante, não é mera declaração política e cada país vai ratificar. O grande perigo seria os grandes emissores não ratificarem: China, Estados Unidos e União Europeia. A chance dos Estados Unidos não ratificarem existe por causa da força republicana [Partido Republicano] no Congresso daquele país”, disse à Agência Brasil o superintendente de Políticas Públicas e Relações Externas do WWF-Brasil, Henrique Lian.
O novo acordo substitui o Protocolo de Kyoto e, para o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, ele será ratificado porque foi muito discutido em Paris e todos os países foram contemplados. “Paris foi essa virada, para nós e para essas gerações que vêm por aí. Aqui a coisa ficou mais integrada e esses espírito não vamos perder. É uma conjunção e, além disso, tem a sociedade cobrando”, disse.
Entretanto, segundo Klink, as metas de redução de emissões não são legalmente vinculantes, porque muitos países têm dificuldades. “No caso dos Estados Unidos, se isso vincula, o Congresso não iria aprovar, faz parte da negociação. Na parte vinculante estão as contribuições individuais, a questão de transparência, a relatoria e a questão de não voltar atrás. Isso foi um avanço espetacular”, disse o secretário.

Negociação multilateral
A COP21 foi considerada um sucesso pela maioria dos participantes e o texto do Acordo de Paris, apesar de algumas fragilidades, foi considerado como muito bom, entendendo que foi uma negociação multilateral entre todos os membros da convenção: 195 países e a União Europeia.
O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus Celsius (ºC) em relação aos níveis pré-industriais, garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. Assim, de acordo com os especialistas, será possível frear o aquecimento global e combater os efeitos das mudanças climáticas.

Contribuições antecipadas
O superintendente do WWF-Brasil explica que a COP21 foi bem preparada e conduzida, porque os países apresentaram antes suas Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (INDCs) e as negociações já partiram de uma proposta de acordo. Além disso, foi aplicada uma metodologia de colocar todos à mesa de negociação.
Entre os pontos positivos do acordo, Lian cita a meta de a temperatura do planeta ficar abaixo de 2ºC, o compromisso de estender o financiamento de US$ 100 bilhões até 2025, o estabelecimento de uma revisão periódica das metas, a cada cinco anos, e a incorporação de perdas e danos, uma compensação para os países pobres mais afetados por mudanças do clima.
Por outro lado, para o especialista, o acordo é fraco quanto ao pico das emissões de gases de efeito estufa e quando não prevê como será o financiamento a partir de 2025. “Se somar a ambição das INDCs, já se sabe que o pico das emissões não será atingido antes de 2030 e pode ir bem a frente disso. Por último, perdas e danos entrou no texto, mas não diz quem contribui e com quanto contribui”, afrimou. “Mas aquilo que não resolveu, abriu caminho para resolver”, acrescentou.

A contribuição brasileira
Lian também elogiou a INDC brasileira. “É infinitamente superior ao de grandes emissores. A diferença é que a nossa mudança de processo produtivo em direção a uma economia de baixo carbono é mais barata e competitiva que dos grandes emissores. Nós não temos que mudar processos de base industrial, que tem um custo enorme, temos que mudar processos de extração e de agricultura. A base da nossa economia é de commodities e alimentos, nós vamos mais e melhor com menos água e energia, aumentamos a produtividade e o retorno do custo no longo prazo é maior que a mudança de uma produção de base industrial”, explicou.
Para o superintendente de Políticas Públicas e Relações Externas do WWF-Brasil, o momento é de pressionar a fim de que aquilo que foi acordado seja cumprido. “A economia fóssil tradicional já mostrou seu fracasso, temos novos ativos, como insolação, biomassa, biodiversidade. O Brasil ainda não transformou sua vantagem comparativa em vantagem competitiva”, disse Lian.

Atores-chave
Segundo ele, a sociedade não está preparada, entretanto, os consumidores e investidores são atores-chave nesse processo. “É mais rápido trabalhar com os investidores. Esse acordo globaliza a responsabilidade, dá um sinal positivo para as boas empresas e elas querem essa segurança jurídica de que podem investir. Já o consumidor precisa de conscientização, o que, a meu ver, está andando com muita lentidão”, afirmou.
Já o secretário Carlos Klink entende que houve uma construção forte da INDC do Brasil, com níveis de decisão política, empresarial, da academia e sociedade civil. “A construção está muito bem resguardada de capacidade de engajamento e resposta. [O acordo] está mexendo com a maneira que pensamos progresso, desenvolvimento, tecnologia e financiamento, deixou de ser projeto demonstrativo”, disse.
Eco Desenvolvimento

Queima de fogo: barulho prejudica audição

Em época de festejos, é importante manter distância dos artefatos.
Muito comum nas festas de reveillon, a queima de fogos de artifício, rojões e bombas - barulhentos artefatos que ajudam a animar as comemorações -, pode trazer sérios e irreversíveis danos à audição. Além dos riscos com a manipulação incorreta dos fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar trauma acústico e perda de audição uni ou bilateral, temporária ou, nos casos mais graves, irreversível. Geralmente a perda de audição é unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
Os danos à audição acontecem porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cóclea. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130 decibéis.
"O grande problema é a intensidade do barulho dos fogos, em especial do rojão. Em todo caso de trauma acústico, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível", esclarece a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos; porém, em meio a festa, se for inevitável, Isabela Carvalho, que é especialista em audiologia, aconselha o uso de protetores de ouvido. "Se a pessoa estiver nestas áreas, é importante que se afaste o máximo possível ou use protetores de ouvido. Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. Dessa forma, é possível continuar aproveitando a festa, de forma segura", recomenda.
Existem no mercado vários tipos de protetores. Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em 15 decibéis ou 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10 anos.
Estima-se que 10 % da população mundial têm algum grau de perda de audição. O envelhecimento é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas pior do que isso é a perda de audição que vem ocorrendo cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a sons elevados, no dia a dia, ou em festas com fogos e rojões, por exemplo.
Telex Soluções Auditivas

Eles são muitos, mas poucos vistos

Faz calor até antes do verão e eles são muitos.
Por Ricardo Soares*
Eles são muitos embora a gente não os veja. Entre sinais fechados, planos de vida eternamente abertos, cruzamentos, confluências, pequenas e grandes tragédias, chuvas desmedidas, secas inclementes, exploração assassina da Amazônia eles são muitos e estão nas tais florestas tropicais driblando as malárias e as picadas dos mosquitos, as enormes cheias de rios ferozes, o acumulo de lixo às margens das cidades ribeirinhas.
Faz calor até antes do verão e eles são muitos. Refrigerados por temperaturas amenas e aromatizados por remotas lavandas francesas eles percorrem o anti-calvário da história e como se tivessem um enorme incensário espalham fumaças benéficas  e purificadoras pelas correntes de vento.
No outro hemisfério, o norte, eles também quebram o gelo do frio, acendem fogueiras aromáticas ao lado de abandonados tambores de óleo e numa espécie de silencioso ritual coletivo eles olham para cima não em busca de meteoros ou cometas mas a espera de algo que venha nos redimir voando. Mesmo entre céus nublados eles enxergam o que há do outro lado.
Embora a gente não os veja eles são muitos e se espalham por jardins e parques públicos mundo afora embora não sejam elfos , gnomos ou nenhuma dessas criaturas vinda dos fabulários escandinavos ou não. Em uma espécie de embornal redesenhado tem o dom de espalhar paz interior, sensações contemplativas, focos de luzes dispersos porém eficientes.
Não cairei na tentação de definir quem são eles. Seria atrevimento. Mas, no final desse ano, agradeço por poder começar a vê-los mesmo em meio a tanta poeira, fuligem, vapores daninhos. E desejo a vocês todos o mesmo. Que em meio a tantos horizontes plúmbeos a gente consiga enfim enxerga-los. Mesmo que poucos, mesmo que aos poucos.
Ricardo Soares é escritor, diretor de tv, roteirista e jornalista. Autor de 7 livros foi cronista dos jornais "O Estado de S.Paulo", "Jornal da Tarde", "Metrô News", "Diário do Grande Abc" e da revista "Rolling Stone".

"Voz dos que não têm voz": Nosso Segundo livro sobre o Papa Francisco

Padre Geovane Saraiva*

À luz do Evangelho, nosso livro "Voz dos que não têm voz", quer ajudar o povo de Deus a perceber os magnânimos gestos de amor do Sumo Pontífice, que na sua ternura e bondade é o "Angélico Pastor, Em ti nós vemos o doce Redentor. A voz de Pedro na tua o mundo escuta, não vencerão as forças do inferno, mas a verdade, o doce amor fraterno!" (Hino do Vaticano). Ao afirmar "Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!". Isso ajuda-nos a compreendê-lo, quando preside os atos litúrgicos na Basílica de São Pedro e em sua fala, quando celebra na Capela Santa Marta. O faz ainda, quando viaja aos países pobres da terra e recebe autoridades e procura o diálogo sincero, acalentando no mais íntimo de seu coração, o sonho de um mundo fraterno e solidário. Um mundo, verdadeiramente de irmãos. E também no seu sonho de esperança e de um mundo em que a humanidade possa experimentar a vida com maior encanto. E no seu sentido mais largo e profundo, o nosso querido Papa Francisco está trabalhando na elaboração de sua nova Encíclica: onde fala sobre ecologia e meio ambiente, querendo dizer-nos, que somos chamados a dialogar com todas as realidades do planeta, começando com a própria natureza.

Pequeno Ícaro Silveira promete 
ser um cultor das letras!
Nosso humilde trabalho é fazer com que a esperança vivida e anunciada pelo Augusto Pontífice se manifeste como ação salvífica - fruto da força e ação do Espírito Santo de Deus no mundo, no qual estamos inseridos numa didática repleta de graça. De tal modo, para que possamos contribuir para cessar as resistências e ventos contrários ao projeto do Criador e Pai. Como é maravilhoso e salutar perceber quando as pessoas se sentem envolvidas em luz e confiantes na proteção divina, tal como rezamos no Livro Sagrado: "O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção de minha vida; perante quem eu tremerei?" (cf. Sl 27,1). Não esqueçamos São João da Cruz, a nos assegurar que “No entardecer da vida seremos julgados pelo amor”, propondo-nos um exigente programa de vida.      

Nestes dois anos, o Espírito Santo de Deus não cessou de conduzir os passos do Papa Francisco, fazendo-se irmão e amigo dos peregrinos, migrantes, refugiados e sofredores de toda natureza; levando a esperança aos mesmos. Estes, que são marcados que pela exclusão, ausência de expectativa e empobrecimento sempre maior, estando, portanto tudo que dele vem em estreita sintonia com o Concílio Vaticano II, na seguinte afirmação: "Não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no coração do discípulo de Cristo" (cf. GS 1). Nosso livro Voz dos não têm voz, quer colocar na mente e no coração do povo de Deus a pessoa de Jesus de Nazaré, na sua missão de salvar e saciar a fome da pessoa humana, imagem e semelhança do nosso bom Deus, mas de um modo integral, radicalmente presente no Sucessor de Pedro.  

Para concluir, relembremos mais um dos inúmeros gestos do amor do Santo Padre, que pode ser apreciado e compreendido em "Voz dos que não tem voz”. Em 24 de maio de 2014, o Papa Francisco visitou o local do Batismo de Jesus e rezou pela conversão de quem alimenta a guerra, nas seguintes palavras: “Peço a Deus onipotente e misericordioso que nos ensine e a todos a caminhar na Sua presença, com a alma e com os pés descalços, o coração aberto à misericórdia divina e ao amor pelos irmãos. Assim, Deus será tudo em todos e reinará a paz. Obrigado por oferecerem à humanidade este lugar de testemunho". Amém!

*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE - geovanesaraiva@gmail.com