domingo, 30 de abril de 2017

Vaticano: Papa pede solução diplomática para conflito EUA-Coreia do Norte

Agência Ecclesia 29 de Abril de 2017, às 21:59        Foto: Lusa

Francisco teme escalada de tensão nuclear que levaria a guerra «terrível»

Foto: Lusa
Lisboa, 29 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao fim da escalada de tensão entre os Estados Unidos da América e a Coreia do Norte, dizendo temer um conflito nuclear que destruiria “grande parte da humanidade”.

“Peço-lhes, vou pedir-lhes, como já pedi a outros líderes de vários locais, que trabalhem para resolver os seus problemas através do caminho da diplomacia”, declarou.

Francisco falava numa conferência de imprensa no voo de regresso a Roma, após uma viagem de dois dias ao Egito, sugerindo que norte-americanos e norte-coreanos recorram à mediação de um terceiro país, se necessário.

"Temos de parar", defendeu.

O Papa disse aos jornalistas que há várias nações empenhadas na mediação de conflitos e prontas a ajudar, dando como exemplo a Noruega.

“Hoje uma guerra alargada destruiria, não digo metade da humanidade, mas uma grande parte da humanidade”, denunciou, insistindo na necessidade de “parar” o caminho para uma “guerra terrível” e procurar “uma solução diplomática”.

O regime norte-coreano efetuou esta sexta-feira um teste balístico, depois de o secretário de Estado dos EUA ter afirmado que a continuação do programa de mísseis nucleares de Pyongyang teria “consequências catastróficas”

“Isto dos mísseis, na Coreia, já aconteceu há um ano, mas parece que as coisas estão a aquecer demasiado”, acrescentou.

Francisco defendeu que a ONU precisa de assumir uma maior liderança nestas situações e de ter maior poder para intervir.

“Penso que as Nações Unidas têm o dever de retomar a sua liderança”, precisou.

O Papa adiantou que está disposto a encontrar-se com Donald Trump, presidente dos EUA, se o chefe de Estado norte-americano quiser incluir uma visita ao Vaticano durante a viagem para a cimeira do G7, na Sicília (Itália), a 26 e 27 de maio.

“Ainda não fui informado pela Secretaria de Estado se houve um pedido, mas eu recebo todos os chefes de Estado que peçam uma audiência”, explicou.

OC

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