terça-feira, 30 de abril de 2013

Paul McCartney: Sucessos para várias gerações


Paul: fãs cearenses preparam homenagem durante show

Depois que os Beatles anunciaram o fim da banda, em 1970, Paul McCartney precisou de um tempo para voltar a cantar sucessos como “Eleanor Rigby”, “Helter skelter” ou “Hey Jude”. O espólio daquele que havia se tornado o maior fenômeno da música popular internacional era também um fardo pesado demais para ser carregado por um jovem músico, na época, de menos de 30 anos. A saída encontrada foi montar um novo grupo, os Wings, e um novo repertório. A partir dali, os Beatles viraram, de fato, passado.
A nova fase, longe dos antigos amigos John, George e Ringo, também rendeu grandes momentos ao garoto de Liverpool. Mas a cobrança para que ele voltasse a encarar os velhos hits era bem forte. Paul deu um tempo para si, tentou um distanciamento, e só então foi possível encontrar espaço para mesclar a nova produção com tudo aquilo que o público sabia acompanhar de cor e salteado. E é aí que “nasce” o Paul McCartney que vem a Fortaleza no próximo dia 9 de maio.
Apesar dos 70 anos, o artista encontra fôlego de menino na hora que sobe ao palco para uma maratona de, no mínimo, três horas de espetáculo. Embora ainda não tenha sido divulgado o repertório dos shows da nova turnê, a fórmula seguida, que já tem algumas décadas, é simples: caminhar por uma coleção de canções famosas lançadas nos seus 50 discos. O apelo super popular dos Beatles passou a conviver amigavelmente com o que foi produzido durante a carreira solo, que já lhe toma 43 anos. Desta, são pinçadas joias do quilate de “Maybe I’m amazed”, “Band on the run”, “Mull of Kintyre” e “Let ‘em in”.
É bem verdade que, entra turnê, sai turnê, algumas canções permanecem com seu assento garantido no setlist. “Hey Jude”, por exemplo. Além dela, “Let it be”, “Yesterday” e “The long and winding road” também relembram os tempos de FabFour. Da carreira solo, “Let me roll it”, “My love” e “Live and let die” (com suas explosões pirotécnicas) já são donas de cadeira cativa.
Trocando uma faixa aqui, outra ali, é assim que têm sido as turnês de Paul McCartney, pelo menos desde 1990, quando ele veio ao Brasil com sua World Tour para duas noites no Rio de Janeiro. Dar início à nova Out There por aqui, 23 anos depois, é a prova que aquelas apresentações no Maracanã foram marcantes para ele também. Mais ainda se levarmos em conta que nos últimos anos a presença do inglês neste País tropical tem sido mais frequente.
Tão frequente que já surgiram rumores que ele teria ficado encantado com o som do funk carioca. Segundo o produtor Mark Ronson, que está trabalhando no sucessor de Kisses on the botton (2012), Paul teria lhe mostrado “uma coisa meio pós-Bonde do Rolê e perguntou: ‘Como conseguimos esse tipo de energia?’ E aí ele tocou ‘Climax’, do Usher, e falou: ‘Eu amo como as partes sônicas aparecem nessa música’”.
Será, então, que o nobre repertório de Paul vai abrir espaço para a força do pancadão carioca? Só esperando para saber.
Saiba mais
A campanha #PaulnoCastelao está convidando os fãs para uma homenagem especial aos Beatles durante o show de Fortaleza. A ideia é que todos levem balões verdes e amarelos para agitarem durante “Hey Jude”. “Todo mundo levando um pacote de balões, dá pra fazer isso e ficar bonito”, empolga-se Marilza Arbex, 49, uma das responsáveis pela campanha. 
A outra homenagem seria levantar corações vermelhos durante “Something”, saudação que Paul costuma fazer a George Harrison (1943 – 2001). “Vamos esperar o show de Belo Horizonte para confirmar (o setlist)”, adianta. A campanha pode ser acompanhadas pela página www.facebook.com/kilza.arbex(MS)
Jornal O Povo

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